Em uma pesquisa rápida no meu Instagram, perguntei as pessoas que me seguem qual embalagem de morango comprariam, e postei duas opções, uma tradicional com uma caixa de morangos e outra em formato de coração:

Consciente ou não, em algum momento da sua vida, você provavelmente comprou algo temático de uma data específica. Isso acontece porque essas datas se conectam com o emocional das pessoas e geram uma pressão social para que todos participem da celebração. As empresas sabem disso e investem pesado em campanhas publicitárias emocionais e persuasivas, criando um senso de urgência e desejo de compra.

O que você talvez não tenha se dado por conta (ou sim) é que muitas datas que celebramos não são naturais ou históricas. Algumas delas foram praticamente “fabricadas” pelo marketing e pela sociedade de consumo.
O Valentine’s Day (14 de fevereiro) tem raízes em tradições cristãs associadas a São Valentim. No entanto, sua versão moderna foi impulsionada por empresas de cartões nos Estados Unidos no início do século XX, com forte apoio da Hallmark Cards. No Brasil, o Dia dos Namorados (12 de junho) foi criado em 1948 pelo publicitário João Doria, a data foi escolhida estrategicamente, véspera do dia de São Antonio, conhecido como Santo casamenteiro, para movimentar o comércio entre o Dia das Mães e o Dia dos Pais.

Criada nos EUA, a Black Friday acontece após o Dia de Ação de Graças e simboliza o início da temporada de compras natalinas. Foi impulsionada pelo varejo nos anos 1980 e ganhou força globalmente na década de 2010, o Brasil adotou a Black Friday nesta mesma década, mas a data virou sinônimo de promoções questionáveis no início. Hoje, consolidou-se como um dos maiores eventos de consumo do país.
Dia das Mães, a versão moderna foi impulsionada nos EUA por Anna Jarvis em 1908 e reconhecida oficialmente em 1914. No Brasil, a data foi instituída pelo governo de Getúlio Vargas em 1932 e, posteriormente, fortemente promovida pelo comércio. E então o Dia dos Pais, foi inspirado no Dia das Mães, foi introduzido nos EUA em 1910 e oficializado em 1972. No Brasil, a data foi promovida pelo publicitário Sylvio Bhering, editor do jornal O Globo, em 1953.
Singles’ Day foi criado na China na década de 1990 por estudantes universitários para celebrar o orgulho de ser solteiro, no dia 11/11de 2009, a gigante do e-commerce Alibaba transformou a data no maior evento de compras do mundo.
O Halloween tem raízes celtas, mas sua versão moderna é uma construção comercial dos EUA, impulsionada por lojas de fantasias, doces e filmes de terror. No Brasil, marcas de doces e festas populares trouxeram a data nos anos 1990, aumentando a adesão nas últimas décadas.
E o nosso tão amado Natal, sempre teve um significado religioso, mas sua versão consumista foi consolidada no século XX. A marca Coca-Cola ajudou a popularizar a imagem moderna do Papai Noel, vestindo-o de vermelho e branco em suas campanhas publicitárias dos anos 1930.

Para acalmar o seu coração, muitas dessas datas começaram como celebrações autênticas, mas foram moldadas pelo marketing para impulsionar o consumo, o que em alguns casos, deram realmente um incremento que faltava. E vale acrescentar que o marketing não restringiu a celebrar apenas essas datas, os grandes eventos esportivos também são exemplos de uma espetáculo de consumo e marketing porque reúnem milhões (ou até bilhões) de espectadores altamente engajados, criando oportunidades para marcas explorarem ao máximo seu poder de influência.
Eventos como a Copa do Mundo, Super Bowl, Olimpíadas e Champions League reúnem milhões de espectadores ao redor do mundo, garantindo uma exposição gigantesca para as marcas.
O esporte gera uma conexão emocional intensa, porque os torcedores realmente se envolvem emocionalmente com seus times e ídolos, tornando-os mais receptivos as mensagens e experiencias publicitárias associadas ao evento, que em muitos casos nem percebem esse movimento, a famosa “paixão que cega”.
O Super Bowl, o fechamento da temporada, do esporte mais amado dos EUA, prova a sua majestade com um dos eventos esportivos mais impressionante em números, celebrada este mês de fevereiro de 2025, estabeleceu um novo record de audiência com 126 milhões de espectadores apenas nos EUA, segundo a Fox Sports. 19.299 milhões de euros em ingressos, o campeonato espanhol LaLiga, por exemplo, teve 5.240 milhões de euros em ingressos vendidos. Vale mais que o horário nobre da Globo, um comercial de 30 segundos, no intervalo da partida, custa mais de US$ 8 milhões e disputa espaço com outras marcas que desejam entregar o melhor da publicidade em criatividade e ideias memoráveis.

As marcas exploram cada aspecto de cada evento para fortalecer sua identidade e aumentar suas vendas, todos os setores utilizam essas datas para aumentar suas vendas. Chocolates, flores e joias são os grandes beneficiados no Valentine’s Day, enquanto o Super Bowl gera lucros astronômicos para marcas de cerveja, fast food e eletrônicos, mas se você é um pequeno negócio, sem ampla capacidade de investimentos, poderia surfar essa onda?
Pequenos Negócios podem aproveitar Sim!
Você não precisa ter um orçamento de grandes marcas para lucrar com datas comemorativas e eventos populares, precisa de estratégias criativas e acessíveis, anota as nossas 4 dicas:
- Crie promoções temáticas: planeje para oferecer descontos ou brindes especiais relacionados à data.
- Personalize seus produtos: venda kits especiais, embalagens comemorativas ou produtos exclusivos para a ocasião, muita gente gosta de embalagens e detalhes!
- Use as redes sociais a seu favor: Campanhas no Instagram, TikTok e WhatsApp ajudam a engajar clientes sem grandes custos.
- Parcerias estratégicas: Junte-se a outros pequenos empreendedores para criar promoções conjuntas e ampliar o alcance, collabs são poderosas se bem planejadas.
Mesmo sem um grande orçamento, é possível aumentar suas vendas e engajar clientes durante datas comemorativas. O segredo está na criatividade e no bom uso das ferramentas digitais.
Aproveite o calendário e faça seu negócio crescer!
E chame o time da Hola!Que Tay? que adora planejar esses grandes momentos para os negócios pequenos.